Na década de 1970, durante o auge do apartheid, o regime de segregação racial que perdurou na África do Sul por quase cinco décadas, surge no país o Black Consciousness Movement (Movimento Consciência Negra, em tradução livre), liderado por Steve Biko, um ativista negro que foi preso, torturado e tragicamente assassinado aos 30 anos.
O grupo liderado por Biko organizou greves e iniciativas destinadas a expor e enfraquecer a política racista na África do Sul. O movimento também advogava pela elevação da autoestima da população negra, propagando a premissa de que “o negro é lindo” (“black is beautiful”).
Paralelamente, no Brasil, nesse mesmo período, surge o Movimento Negro Unificado (MNU), cujo propósito era agir de maneira colaborativa no enfrentamento das violações de direitos da população afrodescendente, incluindo a resposta a ações policiais violentas e desproporcionais.
No contexto brasileiro, o MNU também iniciou discussões sobre a instituição de uma data simbólica para representar a resistência ao racismo no país, contrapondo-se ao 13 de maio, que marca a assinatura da Lei Áurea, abolindo a escravidão. Os ativistas consideravam a abolição como incompleta, uma vez que a população negra liberta não recebeu apoio ou assistência governamental para acesso à terra, educação ou oportunidades de trabalho.
Citando a frase de Martin Luther King, o SISMI declara o seu apoio incondicional aos Movimentos de Luta pelo fim da segregação racial “Nunca estarei satisfeito até que a segregação racial desapareça da América.”
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